quarta-feira, maio 30, 2007
Em 1994, foi realizado o sétimo (e último) concurso do Rock Rendez-Vous, organizado pela RTP mas ainda com direcção de Mário Guia. Os DROWNING MEN (que depois mudariam de nome para Geração X) levaram a melhor aos Neura e aos Jardim Letal (ex-Swallow Rage). Os três grupos finalistas tiveram como prémio a gravação de um CD de oito temas cada para a Dansa do Som, para além de instrumentos no valor de 500 e 250 contos para, respectivamente, o primeiro e o segundo classificados. Os Ornatos Violeta venceram o prémio de originalidade. E então dizia assim o manel:
"o poeta diz que o amor triunfa na força de ser fraco podia ser um passo para o altar mas a janela manchou-te o vestido também já senti a perda sem perder leva os teus cães para longe de mim leva o silencio traz o silencio esconde o silencio atrás do silencio que milagre esperava encontrar"
ver e ouvir aqui VIVA O YOUTUBE CARAI
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# escrito por andre @ 2:22 da tarde
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terça-feira, maio 22, 2007
É por dentro que eu gosto que aconteça a minha vida Íntima Funda
Mas os versos depois Frutos do sonho e dessa mesma vida É quase à queima roupa que os atiro Contra a serenidade de quem passa
Canta canta Canto como sou Senhor sabes quem sou? Canta
escrito pelo pai do Samuel Mira
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# escrito por andre @ 3:45 da tarde
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quarta-feira, maio 09, 2007
[Avó de Sam The Kid (samplado)] Ele em mim não manda nada porque ele é um ordinário que não presta pra nada pra mim... Mas digam-lhe isso a ele mesmo, ele pra mim não conta pra nada porque ele é uma merda Ele não percebe nada disto... Ele só está aqui pa carregar ordens... Mandar? não. Trabalhe!
O meu pai era um homem inteligentíssimo não devia nada a estes cabrões deste filhos duma puta...que estão agora no governo porque é qu'eles estudaram e eu não estudei? porque é qu'eles têm mais estudos do que eu? ai não sabes... porque já os pais deles eram mais ladrões qu'o meu.
in Abstenção - Praticamente - Sam the kid
Ver também VOYAGE EN SOL MAJEUR premiado no indie, documentário genial sobre a história de um neto que ajuda o seu avô de 91 anos, contra a vontade da avó, a realizar um sonho de criança. Uma viagem às entranhas de marrocos, tal e qual como eu fiz no verão passado.
Assim como estas dedicatórias gostava de um dia poder também fazer uma dedicatória à altura a cada um dos meus avós pois não tenho vergonha do sangue que tenho no pulso.
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# escrito por andre @ 3:22 da tarde
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não penses nesta palavra
alalia
do Gr. a, priv. + lalia, fala
s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.
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não penses nesta letra
Hereditário - Sam the kid
Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha
origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não
dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu
não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição
separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu
derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite
que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar
nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,
E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem
ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,
Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem
demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os
bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma
herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal
falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou
completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que
não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te
exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....
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