sexta-feira, julho 28, 2006
... e dizem que depois não me contratas a mim, por mim tudo bem todos morremos no fim |
Ontem fui mais uma vez vender-me. tlim... tlim. Som que parece que não ter fim. Vender para comprar. Comprar para vender. Ciclo no qual me meteram sem eu pedir. Fodasse larguem-me. Já não procuro o ouro que há no fim, não entendem? Não sou anti nada.. larga-me por favor.. despega seu pedaço de merda nojenta. Sim sou malcriado e depois? Também não posso? Diz que reluz ao fundo a medalha ... dos otários Procuro o ouro que há em mim. "Deslarguem-me..."
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# escrito por andre @ 2:30 da tarde
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quinta-feira, julho 27, 2006
... E sempre o medo de perder. Mas perder o quê? |
Vais ficar a insistir até quando O teu corpo só te pede para ires andando E sempre o medo de perder, mas perder o quê? É como só nos vermos quando mais alguém nos vê Se egocentricamente mente quem nega ser Centro da sua vida, bem podia essa palavra Nunca mais ser ouvida É claro que eu sou Tu sendo ou não sendo, eu sou Achar que tu não és eu não vou Pois não ser é só saber esconder Mais tempo a essa causa não dou
Sim, está-me a acontecer a mim
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# escrito por andre @ 10:59 da manhã
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terça-feira, julho 25, 2006
... para um amigo preguiçoso |
Como naquelas intermináveis caminhadas da e para a alfaitaria, tive um ataque súbito de fúria de escrever. Tudo na cabeça, claro. Mas que maravilhosas páginas, que magnífica fraseologia! De olhos semicerrados, afundei-me mais na cadeira e escutei a música que crescia, que subia das profundezas. Que livro! Se não era meu, de quem era então? Estava fascinado. Fascinado e, ao mesmo tempo, triste, humilde, purificado. De que servia invocar aqueles invisíveis trabalhadores? Para ter o prazer de me afogar no oceano da criação? Nunca, mediante esforço consciente, nunca de caneta em punho, seria eu capaz de invocar tais pensamentos! Tudo aquilo a que eventualmente aporia o meu nome seria marginal, perfirérico, os disparates de um idiota a tentar registar o voo errático de uma borboleta... No entanto, era reconfortante saber que uma pessoa podia ser como uma borboleta. Pensar que toda aquela riqueza, toda aquela riqueza do caos primevo, tinha, para se tornar saborosa e potável, de ser amalgada com minúcias homéricas da ronda quotidiana, com o drama repetitivo de insignificantes humanos cujos sofrimentos e cujas aspirações têm, até mesmo para ouvidos mortais, o som monótono de moinhos de vento a girar no espaço implacável. O insignificante e o grandioso: separados por centímetros. Alexandre a morrer de pneumonia nas desoladas lonjuras da Ásia; César, todo de púrpura, revelado como mortal por uma corja de traidores; Blake a cantar enquanto morria; Damiens despedaçado na roda e a gritar como mil águias estrangoladas... Que importava e a quem? Um Sócrates jungido a uma mulher resmungona, um santo atormentado por mil sofrimentos, um profeta coberto de algodão e penas ... com que fim? Tudo grão para o moinho, dados para historiadores e cronistas, veneno para a criança, caviar para o professor. E com isto e através disto, seguindo o seu caminho como um bêbado inspirado, o escritor conta a sua história, vive e respira, é honrado e desonrado. Que papel! Jesus nos proteja!
Henry Miller in Nexus
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# escrito por andre @ 4:56 da tarde
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segunda-feira, julho 17, 2006
... vicissitudes desta terra |
E não é que quando eu peço ao Sr.Zé uma bifana e um fino este se vira para mim e diz-me com toda a lata possível deste mundo: "E para beber?". Eu já sem paciência e com o calor a pedi-la, digo logo sem pensar .. "Traga-me uma imperial então se faz favor" Qual o meu espanto quando o Sr.Zé se vira para a cozinha e diz: "Ó maria prepara aí uma bifana finiiiinha" Dass...
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# escrito por andre @ 2:07 da tarde
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... ai se eu nao soubesse fazer contas |
Se eu nao soubesse fazer contas não tinha pensado que enquanto eu compro um ecran plasma o senhor Sven Goran Erickson pode cagar todos os dias do mês e em cada um desses dias pode limpar o cú a um novissímo plasma. E ainda ... pode deixar mais treze amigos fazerem o mesmo. E ainda ... lhe sobra um plama. Para que é que eu sei fazer contas? Quando tiver um filho vou obrigá-lo a chutar a bola todos os dias ... Mesmo quando ele não quiser. E ainda ... no meio destas contas parti cerca de 4 copos. |
# escrito por andre @ 1:49 da tarde
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quarta-feira, julho 12, 2006
E se todos os gajos que nao tem respeito pelos outros fossem para o caralhinho?? Isso é que era! Faziam muita boa gente ficar feliz.
Mas nao querem isso pois nao? Percebo o vosso ponto de vista. Fica tudo mais fácil. Manto de rosas para passearem ... Pois é! Mas nao alinho. Fodei-vos!
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# escrito por andre @ 9:48 da tarde
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quinta-feira, julho 06, 2006
Embora lave o medo que há do fim A chuva apaga o fogo que há em mim Oiço a voz de quem me quer tão bem E fico a ver se a chuva a ouvirá também
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# escrito por andre @ 11:46 da manhã
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quarta-feira, julho 05, 2006
... vou de imperial em imperial ... tu pões-me bastante anormal |
Sim .. já sei que é FINO e nunca, nunca .... jamais "imperial". Mas como isto é retirado de uma música que me apraz... aqui fica. Pela primeira vez no mundial .. acredito no Pauleta.
Homem!! mostra lá de onde vens..
e para onde vamos com esta febre?
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# escrito por andre @ 3:39 da tarde
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não penses nesta palavra
alalia
do Gr. a, priv. + lalia, fala
s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.
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não penses nesta letra
Hereditário - Sam the kid
Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha
origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não
dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu
não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição
separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu
derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite
que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar
nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,
E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem
ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,
Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem
demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os
bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma
herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal
falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou
completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que
não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te
exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....
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