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Não penses nisso


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quinta-feira, setembro 22, 2005

... Dúvida


Parece-me que ando a ser perseguido por uma negra e maquiavélica nuvem que teima em não me largar o rasto...
Sinto-me esgotado.. quero ter tempo e não consigo deixar de o gastar .. e gasto-o em subterfúgios como ontem que fui meter-me com o misterioso alcool
A dúvida persegue-me. Tenho também muitas certezas, até demais, mas sei ouvir.
Mas o que realmente me interessa agora é que tenho dúvidas. Muitas.
Mas serão elas dignas de me gastar o tempo? Sem dúvida que sim. É de mim que estou a falar e por isso (e por tudo) penso que agora mais que nunca tenho que ser invejoso. Se se trata de mim não tenho alternativa... cada um cuida de si nesta selva que é o mundo surreal em que (sobre)vivemos.
Mas quando comparo as minhas dúvidas com as dos outros sinto-me ridiculo. Será que deveria realmente comparar algo que seja? Nunca serei autêntico se comparar ...

Será que as dúvidas do campo afectuoso serão mais importantes que as dúvidas do âmbito da filosofia e destino que impomos(como se fossemos capazes) à nossa vida? Serão um dois em um?
Não sei dar-me a resposta.
Sei que preciso de me libertar pois sinto-me preso a isto que chamamos trabalho.
Pelo menos uns tempos, porque não tenho capacidade para viver no seio destes gambitos. Porque sinto-me inutil. No entanto dizem-me que sou útil. Mas não o sinto.
Mentem-me? ou mentem-se sem saber?
Sinto que não sou útil para nada a não ser para ajudar a manter esta infraestrutura nojenta...o chamado progresso que tanto odeio. Vendo-me assim por tão pouco... sinto asco pelo papel que assumi.
Terei alternativa? Aí reside a minha Dúvida.
penso que sim ..
espero que sim..
acredito que sim...
vou ter que pensar em meios práticos de ter o minimo para sobreviver em termos monetários...
Pensarão que sou preguiçoso e um chulo .. mas não .. eu não quero trabalhar e é mais que lícito que pense assim ..
acredito que sim ..
espero que sim ...
penso que sim ...
que podemos fazer o que nos apetece e acreditamos nesta vida porque senão qual o sentido de aqui estarmos?

teima em não me largar...

Lagoa do Fogo Ago/2005
 #  escrito por andre @ 12:11 da tarde ler tudo

Pensamentos do dia:

ontem consegui entornar duas imperiais à tua frente, enquanto falávamos sobre isso.também me meti com o "misterioso álcool".
a tua dúvida é a minha, é a de muita gente.
e infelizmente muita gente aqui anda muito tempo sem fazer nada do que lhe apetece, só para conseguir ter pão na mesa e cerveja no copo.
nós ao menos podemos dar-nos ao luxo de entornar cervejas, ir buscar mais e depois escrever nos blogs...  
Bem, essas dúvidas existirão sempre, faz parte da complexidade do ser humano. Os animais vivem para sobreviver e prolongar a espécie e nós, humanos vivemos constantemente com perguntas, respostas, dúvidas existenciais!
Temos a vida e tudo o que vem com ela, os bons e maus momentos! Não podemos mandar nela e por vezes queremos... Agora começo com as minhas dúvidas...
A única coisa que me resta dizer é que temos que lutar por aquilo que queremos, pode acontecer hoje ou amanhã, mas temos que sonhar e lutar. Aproveitar tudo o que a vida nos dá, aprender com os erros, experimentar coisas novas! Enfim, um montão de coisas... E sobreviver às nossas crises existenciais!  
Eu não concordo com a palavra invejoso quando se pensa em nós...
Eu assumo e descobri à relativamente pouco tempo, de que ao contrário do que pensava..sou egoísta..sou muito egoísta em tudo o que toca a mim, mas repugno a inveja. Mas também penso que o egoísmo desde que não desfavoreça os outros pode trazer-nos um conhecimento bem mais audacioso, e bem mais compensador.
A dúvida para mim é extremamente complexa de gerir, porque é ao mesmo tempo uma sensação desconfortável, e também uma sensação que me faz "correr" e tentar desvenda-la (quer seja no campo de atingir objectivos, ou sonhos... ou apenas uma dúvida considerada menor).
Existem muitas coisas, para as quais prefiro as "àguas movediças" de um "talvez", do que um a pedra de rótulo "sim/não". Mas confesso que existem muitas coisas que por comodismo gostava nunca de pôr nem ter dúvidas.
Mas não deixo de pensar como seria o dia seguinte sem a dúvida???...
Eu gosto que me tragam dúvidas, e é tão compensador quando a dúvida persiste...como quando ela se desvenda.
Pensar que a certeza anula a dúvida, é pensar como no dia seguinte sem a dúvida. A certeza traz-te mais dúvidas...é aquela velha história...quanto mais tens mais queres... quanto mais realizas mais sonhas para poderes realizar... é tão bom evoluir (e a dúvida é sem dúvida :) uns dos motores mais persistentes para isso). é pá André se eu estivesse em Lisboa, iamos agora duvidar :) para qualquer lado :)
André vai-nos dando a conhecer sempre as tuas dúvidas...faz-nos pensar...  
Duvidar:

do Lat. dubitare

v. tr., ter dúvida;
não saber, não acreditar;
v. int., hesitar;
vacilar;
estar em dúvida;
ser céptico;
desconfiar.

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Tenho la em casa o primeiro ensaio moderno da duvida... o Discurso do Metodo, de Descartes.
Se ele so sabia que nada sabia, nos nem isso sabemos. Eu nao sei se sei, nao sei o que sinto ou mesmo se sinto.
Para isso vivo. E e preciso viver para saber ou sentir. Por isso, vive!  
Pode muito bem ser pelas drogas que ando a tomar (leia-se comprimidos com receita médica), mas parece-me apropriado dizer: O trabalho físico é por demais sobrestimado.
Sofia  
Rapaz, como me parece óbivo ao escrever este post, não podes odiar o progresso e manifestar a tua opinião recorrendo a um blog. Deves sim, encarar a tua condição de ermita dos tempos modernos, e voltar às origens deixando a tua mensagem cravada numa rocha qualquer (que não sendo arrasada por um comboio - vê se chegas lá) pode bem ser palco de uma barragem tornando-se "vitima do progresso".

Abraço,
José Fonseca  
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não ouças esta cena


   

não penses nesta palavra


alalia


do Gr. a, priv. + lalia, fala

s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.


não penses nesta letra


Hereditário - Sam the kid


Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,

E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,

Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....





não penses nesta cena

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