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quinta-feira, setembro 29, 2005

... oz


Hoje de manhã vinha no carro e vinha a ouvir uma versão dub da Breathe dos pink floyd, música que faz parte de um dos melhores albúns alguma vez criados: Dark Side of The Moon.

Dado que tenho uma paixão enorme por este album resolvi dar-vos a conhecer um dos actos de criatividade mais bem explorados que conheço.
Para vos contar a história terei que retroceder no tempo:

Estavamos portanto no ano de 2003, na dinamarca, num belo apartamento (havia quem o chamasse de contentor), mais precisamente numa terra chamada Lyngby mas que só por mero acaso se lê lungbû.
Respirava-se o ar puro da madrugada na floresta adjacente e nós, claro, continuávamos acordados.
Conversas interessantemente infindáveis e a vontade que assim o fosse indefinidamente...
Charuto roda para aí, sorrisos para ali, discursos de uma mestria nunca antes encontrada (até em mim).

E chega a uma dada altura em que o americano me chama à parte e me diz que também gosta muito de pink floyd. E eu pois eu também gosto mas porque me havia ele chamado à parte dos outros? Porque me queria contar um segredo de fã. E eu .. ok não vou contrariar esta cena porque não vale mesmo a pena contrariar um amigo numa altura destas.
E então pergunta-me, se eu já ouvira falar do "dark side of oz"? E eu pronto, já fumou demais este, está já numa de delírios oníricos. "Oz?!?!?" pergunto eu curioso mas farto daquele misticismo todo. E ele conta-me então o seguinte:

O filme "Wizard of Oz" (sim aquele da menina e do cãozinho, do homem de lata, do leão, do espantalho e do mundo a cores) encaixa na perfeição com o album "Dark Side of the Moon" e existem enormes boatos dos fãs dizendo que este foi criado com o propósito de ser banda sonora desse filme. Basta por a rodar o filme no 3º roar do leão e tirar o som do filme. Tudo encaixa, mudanças de cena mudanças de música, letras, intensidade da música, vozes no meio das músicas, etc...
Eu quando ouvi isto fiquei mesmo céptico mas depois de ver fiquei estupefacto!
É impressionante como é que se consegue fazer uma obra destas! Um album já de si a roçar o genial e agora a saber que tinha sido feito a pensar num filme... como é possível? LSD?
Como vocês imaginam e como não podia deixar de ser (porque em erasmus tudo é possível) na mesma noite (ou era manhã?) fomos ver esse filme e realmente é incrível como a arte nos toca tão intensamente.
Acabamos por nos aperceber que não queremos viver longe da arte pois ela não nos ensina nada, apenas o significado da vida.


se quiserem saber mais
 #  escrito por andre @ 10:46 da manhã ler tudo

Pensamentos do dia:

a arte ensina quem se deixar ensinar. ela disse-me.
também me disse que bacalhau com natas não é mau, mesmo para quem não gosta de bacalhau.
como eu não gosto de bacalhau, mas o bacalhau com natas até se come bem, acho que a arte tem razão.
e ensinou-me uma cena, porque eu deixei.  
Eu adoro este filme, mesmo muito!! Estou à espera que saia uma caixa ultra-especial em DVD para o comprar... :P
Até lá ouço o álbum dos Pink...
Bacalhau com natas? Também gosto, mas prefiro à Braz... :P  
A sério?isso é mesmo verdade?se não fosses tu nem acreditava.que trabalho louco!  
hmm, pink floyd, lyngby, americano, oz, contentor, lungbû, dinamarca, erasmus, crazy dyamond.. shine on.. naa.. não tou a ver!
That and a bunch more you have learned on those wild times lad.. ;)  
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não penses nesta palavra


alalia


do Gr. a, priv. + lalia, fala

s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.


não penses nesta letra


Hereditário - Sam the kid


Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,

E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,

Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....





não penses nesta cena

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