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quinta-feira, novembro 03, 2005

... Foi em 10 de janeiro de 2005


Foi em 10 de janeiro de 2005 que tive pela última vez noticias de um amigo meu de erasmus.
Não sei que é feito dele mas a última coisa que ouvi por aí foi que se casou!
Sento-me neste parapeito descabido, respiro fundo e sorrio para o cão que me cumprimenta não reparar na minha tristeza.
Não percebo o porquê do afastamento mas as pessoas afastam-se e não guardo rancor algum. Eu sou assim. Também posso desaparecer e então não posso exijir nada dos outros.
Mas custa-me perder ... não um jogo ... mas uma pessoa.
Aquele sorriso contagiante que me acompanhou nas terras frias do norte desapareceu. Penso que tenho é que me dar por feliz porque o tive como companheiro nessa altura.
A vida é assim ... um vaivém de pessoas que se ligam, interligam e se desamparam para se (re)construirem.
Ao lembrar-me desta despedida não premeditada, recordo agora a face do americano, de quem já vos falei, quando partiu um dia no 300S rumo à estação de Lyngby. Foi o primeiro a partir... Lábio contraído pelo choro descontrolado.Tinhamos acabado de fumar um .. o último charro dos tantos fumados em conjunto sentimento. O pranto acabou num sorriso comum.
A esperança de que um dia tudo iria voltar a acontecer.
A certeza da mudança em cada um. E que cada um era o outro e todos faziámos parte do ser que erámos.
Desejo-te sorte amigo. Já sei o que estás a pensar .. Não precisas de sorte .. eu sei ...
Bem hajam



foi mais uma despedida ... bairro alto .. sempre a rir
 #  escrito por andre @ 11:17 da manhã ler tudo

Pensamentos do dia:

nem vou comentar o verdadeiro poeta em que te estás a tornar, deixo isso para uma outra altura.. por agora tenho de controlar o choque da notícia!!! 15 de Janeiro 2005... erasmus.. casou-se.. quem? Só consigo ver uma pessoa nesse estado de loucura e desleixo.. bem.. talvez mais!! :)

Independentemente de quem quer que seja, teremos de nos contentar por ele e pelo seu estado de felicidade! As promessas feitas um dia e todas as ideias desde então, são coisas cheias de vontade mas com pouca força nas pernas para poderem andar.. o que é pena.. mas no fim de tudo, também eu sou culpado, todos somos! Eu tenho a esperança de que um dia haveremos de nos encontrar todos.. haveremos de jantar novamente à volta da mesma mesa.. nem que seja por apenas uma última vez!!

once the clan, always the clan

Citando uma das frases de um dos meus filmes favoritos:
"Mark Renton: This was to be my final hit. But let's be clear about this: there's final hits and final hits. What kind was this to be?"  
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não ouças esta cena


   

não penses nesta palavra


alalia


do Gr. a, priv. + lalia, fala

s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.


não penses nesta letra


Hereditário - Sam the kid


Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,

E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,

Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....





não penses nesta cena

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