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Não penses nisso


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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

... homenagem



Ornatos Violeta...
Ornatos, Ornatos... Quando me lembro deles, nao sei se sinta felicidade, tristeza, revolta, injustiça, saudade... Acho que sinto tudo ao mesmo tempo. É como um grande amor, uma intensa relação afectiva, que de repente acabou, sem aviso e sem piedade. E agora resta apenas a lembrança, os momentos, as memórias de um tempo que ja não existe, e sempre um desconforto... e a palavra "porquê"...
Porém, estamos a falar de música. E nestas coisas, se as pessoas em questão se "demitem", se nos abandonam, se desistem, se morrem, não ha problema... Já cá deixaram algo de muito bom, algo que tem vida própria e não os deixa morrer. A musica é eterna e tem o poder mágico de iludir... e é tão bom.
Para quem não se cansa de ouvir (como é o meu caso), a ideia de reprodução ilimitada de qualquer musica dos Ornatos, faz-me sorrir e saber que, para mim, eles nunca deixarão de soar. Hão-de tocar, incansáveis, quantas vezes eu quiser. Dai que o "fim" dos Ornatos me seja penoso, pois nada de novo haverá, mas também
indiferente, porque o que me deram é demasiado fantástico e inesgotável.
Mas nem sempre é fácil pensar com lucidez, assim.
Há dias em que sinto que é injusto, para quem gostava muito deles, que tenham deixado de querer fazer música em conjunto.
Há dias em que me entristece horrivelmente ver os elementos do grupo independentes uns dos outros e "agarrados" agora a outros projectos que, a mim, me dizem muito pouco.
Mas eu percebo. Seria impossível evoluirem para algo superior.
Há também aqueles dias em que sinto a esperança de um dia ouvir dizer: " Os Ornatos juntaram-se. Estão a preparar já um novo album"... Gosto de sonhar.
Mas uma das coisas que mais sinto, sao as saudades das actuações ao vivo. Tenho a sorte de ter assistido a muitos concertos deles... E não dá para descrever quanta energia, quanto poder, quanta alegria existia quando eles estavam em palco, e eu, cá debaixo, cantava cada canção, sentia cada som, cada palavra, cada movimento... e os meus sentidos estavam tão ocupados, tão entranhados naquilo tudo.. e pareciam ser
insuficientes para "absorver" tanto quando eu queria... Felizmente tenho alguns registos ao vivo, em áudio.
É pouco, mas sempre ajuda..
Quem ama Ornatos Violeta como eu, certamente me entende... e sabe que todas as palavras sao poucas...

Nunca vou esquecer.
Ornatos Violeta SEMPRE


 #  escrito por andre @ 12:17 da tarde ler tudo

Pensamentos do dia:

Os Ornatos...
Foram daquelas bandas que, ou se adoram, ou se detestam. É o que normalmente acontece com bandas que se destacam, que são diferentes, que valem a pena, que marcam!!! Eu conheço pessoas dos 2 lados.
Como tu dizes, as bandas que surgiram dos seus elementos nunca taparam o buraco que ficou aberto... Houve quem dissesse que Super Nada era a nova versão de Ornatos.. eu ainda não ouvi lá muito bem, mas não me pareceu..

Outra coisa é NUNCA digas NUNCA!
Por exemplo, tal como os Ornatos, uma outra grande banda descalçou as luvas e arrumou as botas há uns tempos atrás. Foi a tristeza total. No entanto, estão de volta!! Já andam a dar concertos, e os rumores dizem que vou vê-los já neste verão :)
wanna go for a ride?  
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não ouças esta cena


   

não penses nesta palavra


alalia


do Gr. a, priv. + lalia, fala

s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.


não penses nesta letra


Hereditário - Sam the kid


Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,

E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,

Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....





não penses nesta cena

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