quarta-feira, março 07, 2007
Outro dia apanhei um táxi. Nada de especial.. até o taxista começar a falar, claro está. Esta espécie rara devia ser rigorosamente catalogada para depois ser estudada nas maiores faculdades de psicologia da europa. A sério. Quantos de nós não tem histórias geniais de conversas com taxistas? Principalmente se estamos bêbados. Ou de ressaca.
Então no outro, dizia eu, apanhei um taxista (é mais correcto dizer que apanhámos COM o taxista) e o gajo veio-me com uma conversa de sítios da noite para dançar ... mas não é com miudagem.. "só gente séria". Saranband... acho que era este o nome do bar. Depois veio-me falar de restaurantes onde o entrecosto era "à altura da peça" e que o bacalhau eram postas de meio metro.
Depois temos outros exemplos, como o taxista resmungão. Para este tudo está mal e só falta mesmo é um botão ao lado do botão para subir os vidros. Carrega-se nesse botão e saem três pistolas das portas. Uma para cada um. Menos para o taxista claro está. E PUMMM .. nunca mais havia assaltos aos taxistas. Teoria engraçada esta. Ah! "heil" disse-me ele de braço e palma da mão esticada no fim da viagem. Não percebi .. segui caminho outra vez a pensar na espécie taxista.
Ontem apanhei um que me dizia "Eles andem cus radar por aí". dasse... eu tento mesmo ficar calado mas mesmo assim eles tem a capacidade de me lixar o juízo sempre que querem e podem. Devia era haver uma merda no taxímetro lá atrás. Tipo um botão. Assim que o gajo abrisse a boca e o cliente não quisesse que ele falasse.. diria-mos .. "por favor, hoje esqueça, não gaste saliva comigo". Se o gajo tenta-se uma segunda vez outra abordagem, e nem que fosse sobre futebol, um gajo carregava no botão e baixava 1 euro no taxímetro. Tínhamos direito a baixar até 3 euros. Ahhh era tão bom.
E pronto não era disto que queria falar .. o que queria mesmo falar é da razão pela qual o gajo me falou dos radar que a policia anda praí com eles debaixo do braço. Ora bem .. então o senhor tava muito chateado por ter que andar a 50 na cidade e a 80 na 2ª circular. O que eu digo em relação a isto é: aceleras fodei-vos.
Eu não gosto de andar "de força" (que nostalgia esta expressão) e há quem goste. Não os censuro, a adrenalina é uma droga gratuita e bem boa. Mas agora .. pensem bem. Para que é que eles põe os radar (sempre dito em singular) ? Para ganharem uns trocos nas comissões das multas? Amigos .. o agente saraiva ainda sobrevive pelas ruas desta cidade .. mas já não estamos nesse Portugal do antigamente. Eu acho que o pessoal tem todo o direito em reclamar, só acho é que se toda a gente andasse a 50 na cidade e a 80 na 2ª circular e VCI e a 120 na autoestrada teríamos muitos menos mortes de pessoas inocentes.
E meus amigos... na realidade qual é a pressa?
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# escrito por andre @ 10:19 da manhã
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não penses nesta palavra
alalia
do Gr. a, priv. + lalia, fala
s. f., Med.,
paralisia dos órgãos da fala;
mutismo acidental.
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não penses nesta letra
Hereditário - Sam the kid
Não sei se sou um plano ou um acidente com tesão,
Originado com paixão ou com sexo pós discussão,
Na raiz urbanizada na calçada e no alcatrão,
Não te esqueças de onde vens ou és esquecido então,
Eu só ponho uma questão, qual é a razão da minha
origem,
Não te fies na virgem, porque elas fingem e não
dizem,
E caso case ainda te acusam do que trazem,
O ladrão da paz e harmonia fácil empatia,
Com a máxima ironia, omitindo medos,
Paredes têm ouvidos construídos para segredos,
Quando é que tu desabafas?
Depois de 3 garrafas de vinho, ou 20 palavras que eu
não adivinho,
Enquanto a dor ecoa, habituado a que ela doa,
Porque quem amamos mais é quem nos mais magoa,
Ah! Amar e amar, há ir e nunca mais voltar,
Ao lar doce lar até que a morte ou uma traição
separe,
Mentiras omitidas é estranho é quando ocultam cenas,
A paz é singular ou há discussões às dezenas,
Sem qualquer motivo o final nunca é conclusivo,
Apenas um alivio assinado num livro, de onde eu
derivo,
Agora mais vivo, tornei-me no que eu sou,
Dou e recebo e se eu bebo bué é porque saio ao meu
avô,
É hereditário fluxo sanguinário que se transmite,
Ele sai a quem, feio ou bonito podes dar um palpite
que eu não me irrito,
Espaços da casa não ocupados trazem saudades e pensar
nisso é que eu evito,
Eu divido o tempo, na TV noutro evento,
Para não pensar em ti e fazer passar a dor como um
dente,
E toda a gente pergunta, a quem é que ele sai? A quem
ele sai?
Sou má goela porque eu saiu ao meu pai,
E toda a gente pergunta, ele sai a quem? Sai a quem?
Se acordo tarde é porque eu saiu à minha mãe,
Mas ta-se bem não há beef nunca houve desde novo,
Sem confirmação na comunicação e sem interesse,
Na certeza do amor, com a ausência da razão que eu
desconheço,
Não me convence,
Menciono o plano, de ter o nono ano,
E eu bano o resto eu manifesto-me através do som,
Converso em verso comigo e com o beat,
Com pitt no cubículo onde fico horas sem pressas e sem
demoras eu,
Pareço um ótario operário no meu endereço,
A preço ofereço um corpo solitário preso,
Em posse duma trombose,
Super avozinha fodeu a minha Susana tu chama os
bombeiros,
Mas a vida não para e avança como ponteiros,
Eu contei os anos inteiros até à mudança,
Tolerância cancelada e descansa enfermeiros,
E os primeiros pensamentos são de assumir uma
herança,
Em criança numa casa portuguesa com certeza,
Manca-me debaixo da mesa com a mão presa à cabeça,
A pensar que não aconteça e valesse a pena a batalha,
E eu quebro a cena, tal pai tal filho, tal pai tal
falha,
Não conheço um posto para fazer um juízo,
Porque isto nunca foi penoso isto é o meu paraíso,
E eu economizo ao comunicar isto em concreto,
E eu fico indeciso se eu quero ficar vazio ou
completo,
A mim não me compete fazer a escolha,
Só escolho fragmentos de momentos duma recolha,
De sentimentos, e eu sento e minto se eu disser que
não sinto a tua falta,
Sinto a ausência duma falta de paciência que te
exalta,
Ou exaltava, porque agora silêncio é despertador,
Que desperta humor desperta a dor em mim que eu....
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